quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Homem-Aranha não pode existir porque somos muito grandes, dizem cientistas

EM BREVE UM VÍDEO SOBRE O ASSUNTO.

Um time de cientistas frustrou nesta semana os fãs mais "criativos" da Marvel: o Homem-Aranha nunca existiria no mundo real. Um estudo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), revela que, devido ao seu tamanho, o ser humano deveria ter, pelo menos, 40% de seu corpo coberto com "garras" microscópicas que garantissem uma superfície adesiva. Caso contrário, caminhar pelas paredes, só por meio de computação gráfica.

A pesquisa, realizada por uma equipe internacional, mostra que a capacidade de um animal para se "grudar" em superfícies verticais depende da relação entre seu peso e o tamanho de sua superfície de contato: conforme o tamanho do animal aumenta, maior deve ser a proporção da superfície que o faz aderir à superfície.


Desafio evolutivo - Conforme a pesquisa, animais pequenos como as aranhas, formigas ou lagartos, necessitam de uma área menor que "grude" (equivalente a, no máximo, 4,5% da superfície corporal), uma vez que são espécies leves. O grande problema para os humanos é que nosso tamanho não aumenta de maneira equivalente à superfície de contato com o solo, o que impossibilita que nós andássemos pelas paredes dos prédios. Na prática, as mãos e pés do Homem-Aranha deveriam ser enormes - provavelmente mais que o dobro do tamanho de um ser humano comum - ou ele deveria se arrastar, como um caracol. Nas métricas americanas, ele calçaria número 114.


Segundo David Labonte, do departamento de zoologia da Universidade de Cambridge e um dos autores do estudo, o tamanho de um lagarto é o limite para garantir esta "habilidade grudenta".


Outras espécies, tais como os sapos, desenvolveram um meio diferente de lidar com o aumento de tamanho: em vez de aumentar suas patas, eles aumentaram a viscosidade presente nelas, o que garante que eles se fixem melhor sobre as superfícies. "Este é um bom exemplo de restrição evolutiva e de inovação", afirmou Christofer Clemente, da escola de ciência e engenharia da University of the Sunshine Coast e co-autor do estudo.

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