O Primeiro livro de Enoque, grandemente conhecido pela sua versão em etíope e mais tarde pelas traduções gregas dos capítulos I-XXXII, XCVII-CI e CVI-CVII, bem como de algumas citações importantes feitas por Jorge Sincelo, autor bizantino. Teria sido escrito por Enoque, ancestral de Noé, contendo profecias e revelações.
Em Qumram, foram encontrados na Gruta 4, sete importantes cópias que foram atestadas pela versão Etíope. Estas cópias embora que não idênticas na totalidade foram encontradas em conjunto com cópias do Livro dos Gigantes referenciadas no capítulo IV do Primeiro livro de Enoque.
As cópias de Qumram foram catalogadas com as referências 4Q201-2 e 204-12 e fazem parte da herança deixada pela comunidade Nazarita do Mar Morto, em Engedi.
Além do Primeiro livro de Enoque, existem ainda, outros dois livros chamados Segundo Livro de Enoque e Terceiro Livro de Enoque, considerados semelhantes.
Composição
Segundo
Nickelsburg e Vanderkam a composição dos primeiros capítulos aconteceu a partir
do terceiro século antes de Cristo.1
A
composição inclui materiais retirados dos cinco livros de Moisés. R.H. Charles
cita o seguinte exemplo:
Deuteronômio 33:2 Disse pois: O
SENHOR veio de Sinai, e lhes subiu de Seir; resplandeceu desde o monte Parä, e
veio com dez milhares de santos; à sua direita havia para eles o fogo da lei.
1 Enoque 1:9 Eis que é vindo o
Senhor com milhares de seus santos; para fazer juízo contra todos e condenar
dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente
cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra
ele.
Datação dos manuscritos
A datação
Paleográfica
datou estes documentos de Qumram entre 200aC e o fim do primeiro século da era
cristã.
Conteúdo da versão aramaica de Qumram
Existem
muitos excertos aleatórios no livro que estão descontextualizados ou
simplesmente não fazem sentido. Fazendo uma breve referencia ao conteúdo dos
excertos que fazem sentido no livro, estes resumem-se da seguinte forma:
- 4Q201 - Enumera os nomes em aramaico dos vinte chefes dos anjos caídos;
- 4Q204 - Relata o milagroso nascimento de Noé cujo paralelismo é notório com o de Gênesis Apócrifo e os fragmentos do Livro de Noé.
- 4Q206 - Este é o mais divergente com a versão etíope
- 4Q209 - Chamado Livro Astronómico, é consideravelmente mais longo que a versão etíope.
Conteúdo
da versão etíope (versão copta).
- 1-36 O Livro dos Vigilantes (ou Sentinelas, ou ainda, Observadores)
- 37-71 O Livro de Parábolas (também chamado: O Similitudes de Enoque)
- 72-82 O Livro Astronómico
- 83-90 O livro dos Sonhos
- 91-108 A Epístola de Enoque
Comparação das versões
Existem
diferenças notórias, embora que parciais, na estrutura das versões do Primeiro
livro de Enoque. A parte astrológica é muito mais desenvolvida na versão etíope que
na versão de Qumram. Por outro lado a secção do Livro das Parábolas dá
mais ênfase a sua especulação a respeito do Filho do Homem na versão do
Qumram do que na versão etíope. Existem outra inúmeras divergências
estilísticas, colocadas provavelmente pelos diferentes tradutores que
trabalharam as obras na altura.
Canonicidade do livro
O livro
não foi incluido no cânon da Bíblia judaica, e também na Septuaginta[carece de
fontes], nem nos livros deuterocanônicos. Embora, Francisco
(2003) confirma que uma das mais antigas bíblias coptas, a Bíblia Etíope,
admite o Primeiro livro de Enoque.2
O Livro
de Enoque foi considerado como Escritura na Epístola de Barnabé (16:4) e por
muitos dos primeiros Padres da Igreja, como Atenágoras, Clemente de Alexandria,
Irineu e Tertuliano, que escreveu c. 200 que o Livro de Enoque tinha sido
rejeitado pelos judeus porque continha profecias que pertencem a Cristo.
Existem
várias referências possíveis no Novo
Testamento ao Primeiro livro de Enoque, entretanto, nenhuma referência é tão
evidente como na Epístola de Judas (v.4.6.14). Dom Estêvão Bettencourt julgou que "A epístola
canônica de S. Judas 14 o cita, mas nem por isto o tem como livro
inspirado".3
- "Enoque, o sétimo depois de Adão" é uma citação de 1En.60.8
- "Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos.." de 1En.1:9 (de Deut.33:2)
- Atipicamente, "E destes (genitivo) profetizou também Enoque" (Almeida) é "E a estes (dativo) profetizou também Enoque" em grego.
Pode-se
também comentar uma certa semelhança entre a descrição da "morada dos mortos", apresentada no
capitulo 22 do Primeiro livro de Enoque, com a parábola do homem rico e Lázaro, contada por Jesus em Lucas capitulo 16, nos versos de 19 à 31.
No
Diálogo com Trifão, de Justino
Mártir (100-165), Justino é claramente influenciada pelo livro, mas o judeu
Trifão se opõe a essa tradição. Júlio
Africano (200-245) foi o primeiro cristão a contestar a tradicional versão
do Primeiro livro de Enoque.
Conforme Elizabeth Clare Prophet (2002), foi o
rabino Simeon ben Yohai (120?-170?) quem colocou os judeus contra o Primeiro
livro de Enoque e que isso permitiu ao Santo
Agostinho observar que a obra deixou de fazer parte das Escrituras
aprovadas pelos judeus.4
Referências
O LIVRO DE ENOQUE primeira parte, em breve continuação!
O Livro de Enoque
(Tradução livre para
a língua portuguesa por Elson C. Ferreira, Curitiba/Brasil, 2003)
Capítulo 1
1As palavras das bênçãos de Enoque, com
as quais ele abençoou os eleitos e os justos, os quais devem existir nos tempos
da tribulação, rejeitando toda iniquidade e mundanismo. Enoque, um homem justo,
o qual estava com Deus, respondeu e falau com Deus enquanto seus olhos estavam
abertos, e enquanto via uma santa visão dos céus. Isto os anjos me mostraram.
2Deles eu ouvi todas as coisas e entendi
o que ví; coisas que não terão lugar nesta geração, mas numa geração que deve
acontecer num tempo distante, por causa dos eleitos.
3A respeito deles eu falei e conversei
com Ele, o qual virá de Sua habitação, o Santo e Poderoso, o Deus do mundo:
4O qual pisará sobre o Monte Sinai; aparecerá
com Suas hostes e se manifestará com a força do Seu poder dos céus.
5Todos estarão temerosos e as Sentinelas
estarão aterrorizados.
6Grande temor e tremor se apoderarão
deles, mesmo aos confins da terra. As alturas das montanhas serão abaladas, e
os altos montes serão abatidos, derretidos como o favo de mel na chama de fogo.
A terra será imersa e todas as coisas que nela estão perecerão; enquanto
julgamento virá sobre todos, mesmo sobre todos os justos:
7Mas a eles será dada paz: Ele
preservará os eleitos e para com eles exercitará clemência.
8Então todos pertencerão a Deus, serao
felizes e abençoados, e o esplendor da Divindade os iluminará.
Capítulo 2
1Eis que Ele vem com dezenas de milhares
dos Seus santos para executar julgamento sobre os pecadores e destruir o
niníquo, e reprovar toda coisa carnal e toda coisa pecaminosa e mundana que foi
feita, e cometida contra Ele. (2)
(2) Citado por Judas, vss. 14, 15.
Capítulo 3
1Todos os que estão nos céus sabem o que
transcorre lá.
2Eles sabem que as luminárias
celestes não mudam seus caminhos; que cada uma nasce e se põe regularmente,
cada uma a seu próprio tempo, sem transgredir os mandamentos que receberam.
A VISÃO da terra, e entendem o que deve acontecer, desde o princípio até o seu
fim.
3Eles veêm que toda obra de Deus
é invariável no período de seu aparecimento. Eles veêm o verão e o inverno: percebendo
que toda terra está repleta de água; e que a núvem, o orvalho, e a chuva
refrescam-na.
Capítulo 4
1Eles consideram e veêm cada árvore, como
aparecem para depois murchar, e toda folha, para depois cair, exceto de
quatorze árvoes, as quais não são efêmeras, e esperam pelo aparecimento das
folhas novas por dois ou três invernos.
Capítulo 5
1Novamente eles consideram os dias de
verão, que o sol está sobre a terra desde o princípio; enquanto tu procuras por
uma cobertuda e por um lugar sombreado por causa do sol ardente; enquanto a
terra é queimada com calor fervente, e tu te tornas incapaz de andar sobre a
terra ou sobre as rochas em consequência do calor.
Capítulo 6
1Eles consideram como as árvores, quando
elas dão suas folhas verdes, cobrem-se e produzem frutos; entendendo tudo, e
sabendo que Ele, o qual vive para sempre, faz todas estas coisas por causa de
vós:
2Que as obras desde o princípio de todo ano
existente, que todas as suas obras são obedientes a Ele e invariáveis; assim
como Deus determinou, assim todas as coisas acontecem.
3Eles veêm também como os mares e os
rios juntos completam suas respectivas operações:
4Mas tu resistes inpacientemente, não
cumpres os mandamentos do Senhor, mas gransgrides e calunias a Sua grandiosidade;
e malditas são as palavras em tua boca poluida contra Sua magestade.
5Tu, murcho de coração, a paz não estará
contigo!
6Portanto teus dias te amaldiçoarão, e
os anos de tua vida perecerão; execração perpétua se multiplicará, e não
obterás misericórdia.
7Nestes dias tu resignas tua paz com a
eterna maldição de todos os justos, e os pecadores perpetuamente te execrarão;
8Eles te execrarão com tudo o que não é
divino.
9Os eleitos possuirão luz, alegria e
paz; e herdarão a terra.
10Mas tu, que não és santo, serás
amaldiçoado.
11Então a sabedoria será dada aos
eleitos, todos os que viverão, e não transgredirão por impiedade ou orguolho, mas
humilhar-se-ão, processando prudência, e não repetirão transgressão.
12Eles não condenarão todo o período das
suas vidas, não morrerão em tormento e indignação; mas a soma dos seus dias se
completará, e envelhecerão em paz; enquanto os anos de sua felicidade se
multiplicarão em alegria, e com paz, para sempre, em toda a duração de sua
existência.
Capítulo 7
1E aconteceu depois que os filhos dos
homens se multiplicaram naqueles dias, nasceram-lhe filhas, elegantes e belas.
2E quando os anjos, (3) os filhos
dos céus, viram-nas, enamoraram-se delas, dizendo uns para os outros: Vinde,
selecionemos para nós mesmos esposas da progênie dos homens, e geremos filhos.
(3) No texto aramaico lê-se
"Sentinelas" (J.T. Milik, Aramaic Fragments of Qumran Cave 4 [Oxford:
Clarendon Press, 1976], p. 167).
3Então seu líder Samyaza disse-lhes: Eu
temo que talvez possais indispor-vos na realização deste empreendimento;
4E que só eu sofrerei por tão grave
crime.
5Mas eles responderam-lhe e disseram:
Nós todos juramos;
6 (e amarraram-se por mútuos juramentos),
que nós não mudaremos nossa intenção mas executamos nosso empreendimento
projetado.
7Então eles juraram todos juntos, e
todos se amarraram (ou uniram) por mútuo juramento. Todo seu número era
duzentos, os quais descendiam de Ardis, (4) o qual é o topo do monte
Armon.
(4) de Ardis. Ou, "nos dias de Jared" (R.H. Charles,
ed. and trans., The Book of Enoch [Oxford: Clarendon Press, 1893], p.
63).
8Aquele monte portanto foi chamado
Armon, porque eles tinham juardo sobre ele, (5) e amarraram-se por mútuo
juramento.
(5) Mt. Armon, ou Monte Hermon deriva
seu nome do hebreu herem, uma maldição (Charles, p. 63).
9Estes são os nomes de seus chefes:
Samyaza, que era o seu líder, Urakabarameel, Akibeel, Tamiel, Ramuel, Danel,
Azkeel, Saraknyal, Asael, Armers, Batraal, Anane, Zavebe, Samsaveel, Ertael,
Turel, Yomyael, Arazyal. Estes eram os prefeitos dos duzentos anjos, e os
restantes estavam todos com eles. (6)
(6) O texto aramaico
preserva uma lista anterior dos nomes destes Guardiães ou Sentinelas:
Semihazah; Artqoph; Ramtel; Kokabel; Ramel; Danieal; Zeqiel; Baraqel; Asael;
Hermoni; Matarel; Ananel; Stawel; Samsiel; Sahriel; Tummiel; Turiel; Yomiel;
Yhaddiel (Milik, p. 151).
10Então eles tomaram esposas, cada um
escolhendo por si mesmo; as quais eles começaram a abordar, e com as quais eles
cohabitaram, ensinando-lhes sortilégios, encantamentos,e a divisão de raízes e
árvores.
11E as mulheres conceberam e geraram
gigantes, (7).
(7) O texto grego varia
consideravelmente do etíope aqui. Um manuscrito grego acrescenta a esta secção,
"E elas [as mulheres] geraram a eles [as Sentinelas] três raças: os
grandes gigantes. Os gigantes trouxeram [alguns dizem “mataram"] os
Naphelim, e os Naphelim trouxeram [ou "mataram"] os Elioud. E eles
sobreviveram, crescendo em poder de acordo com a sua grandeza." Veja o
registro no Livro dos Jubileus.
12Cuja estarura era de trezentos cúbitos.
Estes devoravam tudo o que o labor dos homens produzia e tornou-se impossível
alimentá-los;
13Então eles voltaram-se contra os
homens, a fim de devorá-los;
14E começaram a ferir pássaros, animais,
répteis e peixes, para comer sua carne, um depois do outro, (8) e
para beber seu sangue.
(8) Sua carne, um depois do outro. Ou,
"de uma outra carne". R.H. Charles nota que esta frase pode
referir-se à destruição de uma classe de gigantes por outra. (Charles, p. 65).
15Então a terra reprovou os injustos.
Capítulo 8
1Além disso, Azazyel ensinou os homens a
fazerem espadas, facas, escudos, armaduras (ou peitorais), a fabricação de
espelhos e a manufatura de braceletes e ornamentos, o uso de pinturas, o
embelezamento das sobrancelhas, o uso de todo tipo selecionado de pedras
valiosas, e toda sorte de corantes, para que o mundo fosse alterado.
2A impiedade foi aumentada, a fonicação
multiplicada; e eles transgrediram e corromperam todos os seus caminhos.
3Amazarak ensinou todos os sortilégios,
e divisores de raízes:
4Armers ensinou a solução de
sortilégios;
5Barkayal ensinou os observadores
das estrelas, (9)
(9) Observadores das estrelas. Astrólogos
(Charles, p. 67).
6Akibeel ensinou sinais;
7Tamiel ensinou astronomia;
8E Asaradel ensinou o movimento da lua,
9E os homens, sendo destruídos,
clamaram, e suas vozes romperam os céus.
Capírulo 9
1Então Miguel and Gabriel, Radael,
Suryal, and Uriel, olharam abaixo desde os céus, e viram a quantidade de sangue
que era derramada na terra, e toda a iniquidade que era praticada sobre ela, e
disseram um ao outro; Esta é a vóz de seus clamores;
2A terra desprovida de seus filhos tem
clamado, mesmo até os portões do céu.
3E agora a ti, ó Santo dos céus, as
almas dos homens queixam-se, dizendo: Obtem justiça para conosco com o
Altíssimo (10).
Então eles disseram ao seu Senhor, o Rei: Tu és Senhor dos senhores, Deus dos
deuses, Rei dos reis. O trono de Tua glória é para sempre e sempre, e para
sempre seja Teu nome santificado e glorificado.
(10) Obtém justica para conosco. Literalmente,
"Traz julgamento para nós do..." (Richard Laurence, ed. and trans., The Book of Enoch the Prophet [London:
Kegan Paul, Trench & Co., 1883], p. 9).
4Tu fizeste todas as coisas; Tu possuis
poder sobre todas as coisas; e todas as coisas estão abertas e manifestas
diante de Ti. Tu vês todas as coisas e nada pode esconder-se de Ti.
5Tu viste o que Azazyel tem feito, como
ele tem ensinado toda espécie de iniquidade sobre a terra, e tem aberto ao
mundo todas as coisas secretas que são feitas nos céus.
6Samyaza também tem ensinado sortilégios,
para quem Tu deste autoriadde sobre aqueles que estão associados Contigo. Eles
tem ido juntos às filhas dos homens, têm-se deitado com elas; têm-se
contaminado;
7E têm descoberto crimes a elas. (11)
(11) Discoberto crimes. Ou,
"revelado estes sinais" (Charles, p. 70).
8As mulheres igualmente têm gerado
gigantes.
9Assim toda a terra tem se enchido de
sangue e iniquidade.
10E agora, vês que as almas daqueles que
estão mortos clamam.
11E queixam-se até ao portão do céu.
12Seus gemidos sobem; nem podem eles
escapar da injustiça que é cometida na terra. Tu conheces todas as coisas,
antes de elas existirem.
13Tu conheces estas coisas, e o que tem
sido feito por eles; já Tu não falas a nós.
14O que, por conta destas coisas, devemos
fazer contra eles?
Capítulo 10
1Então o Altíssimo, o Grande e Santo
falou,
2E enviou a Arsayalalyur (12) ao
filho de Lamech,
(12) Arsayalalyur. No texto em
grego lê-se "Uriel”.
3Dizendo: Diz a eles em Meu nome:
Esconde-te.
4Então explicou-lhe a consumação que está
preste a acontecer; pois toda a terra perecerá; as águas do dilúvio virão sobre
toda a terra, e todas os que estão nela serão destruídos.
5E agora, ensina-o como ele pode
escapar, e como sua semente pode permanecer em toda a terra.
6Novamente o Senhor disse a Rafael:
Amarra a Azazyel, mãos e pés; lança-o na escuridão; e abrindo o deserto que
está em Dudael, lança-o nele.
7Arremessa sobre ele pedras agudas,
cobrindo-o com escuridão;
8Lá ele permanecerá para sempre; cobre
sua face, para que ele não possa ver a luz.
9E no grande dia do julgamento lança-o
ao fogo.
10Restaura a terra, a qual os anjos
corromperam; e anuncia vida a ela, para que Eu possa recebê-la.
11Todos os filhos dos homens, sua
descendência, não perecerão em consequência de todo segredo, pelo qual as
Sentinelas têm destruído, e o que eles ensinaram;
12Toda a a terra tem se corrompido pelos
efeitos dos ensinamentos de Azazyel. A ele, portanto, se atribui todo crime.
13A Gabriel também o Senhor disse: Vai
aos bastardos, (13) aos réprobos, aos filhos da fornicação; e destrói os
filhos da fornicação, a descendência das Sentinelas de entre os homens; traz-os
e excita-os ums contra os outros. Faz-os perecer por mútua matança; pois o
prolongamento de dias não será deles.
(13) "bastardos" (Charles, p. 73; Michael A. Knibb, ed. and
trans., The Ethiopic Book of Enoch [Oxford: Clarendon Press, 1978], p.
88).
14Eles rogarão a ti, mas seus pais não
obterão seus desejos com respeito a eles; pois eles esperaram por vida
eterna, e que eles possam viver, cada um deles, quinhentos anos.
15A Miguel, igualmente o Senhor disse:
Vai e anuncia seus próprios crimes a Samyaza, e aos outros que estão com
ele, os quais têm se associado às mulheres para que se contaminem com toda sua
impureza. E quando todos os seus filhos forem mortos, quando eles virem a
perdição dos seus
bem-amados, amarra-os por setenta gerações debaixo da terra, mesmo até o dia do
julgamento, e da consumação, até o julgamento, cujo efeito que dura para
sempre, seja completado.
16Então eles serão levados para as mais
baixas profundezas do fogo em tormentos; lá eles serão encerrados em
confinamento para sempre.
17Imediatamente depois disso ele, (14) juntamente
com os outros, queimarão e perecerão; eles serão amarrados até a consumação de
muitas gerações.
(14) Ele. I.e., Samyaza.
18Destrói todas as almas viciadas na
luxúria, (15)
e a descendência das Sentinelas, pois eles tiranizam a humanidade.
(15) "luxúria" (Knibb, p. 90;
cp. Charles, p. 76).
19Que todo opressor pereça na face da
terra;
20Que toda má obra seja destruída;
21A semente da justiça e da retidão
apareça, e o que é produtivo torne-se uma bênção.
22Justiça e retidão serão plantados para
sempre com prazer.
23E então todos os santos darão graças, e
viverão até terem gerado milhares de filhos, enquanto todo o período se sua
juventude, e seus sábados, serão completados em paz. Naqueles dias toda a terra
será cultivada em retidão; ela será totalmente cultivada com árvores, e será
cheia de bendições; toda árvore de delícias será plantada nela.
24Vinhas serão plantadas; e a vinha que
nela será plantada produzirá frutos para saciedade; toda semente que nela será
semeada produzirá mil por uma medida; e uma medida de olivas produzirá dez
prensas de óleo.
25Purifica a terra de toda opressão, de
toda injustiça, de todo crime, de toda impiedade, e de toda impureza que é
cometida sobre ela. Extermina-os da terra.
26Então todos os filhos dos homens serão
justos, e todas as nações me pagarão divinas honras, e Me abençoarão; e todos
Me adorarão.
27A terra será limpa de toda corrupção,
de toda punição e de todo sofrimento; Eu não enviarei novamente dilúvio sobre
ela, de geração em geração para sempre.
28Naqueles dias Eu abrirei terouros de
bênçãos que estão nos ceús, para que Eu possa fazê-las descer sobre a terra, e
sobre todos os trabalhos e labores do homem.
29Paz e eqüidade se associará aos filhos
dos homens todos os dias do mundo, em cada uma de suas gerações.
(Capítulo 11- não
tem)
Capítulo 12
1Antes de todas estas coisas
acontecerem, Enoque esteve escondido; e nenhum dos filhos dos homens sabia onde
ele estava, onde ele havia estado, e o que havia acontecido.
2Ele esteve totalmente engajado com os
santos, e com as Sentinelas em seus dias.
3Eu, Enoque, fui abençoado pelo grande
Senhor e Rei da paz.
4E eis que as Sentinelas chamaram-me
Enoque, o escriba.
5Entao o Senhor disse-me: Enoque,
escriba da retidão, vai e dize às Sentinelas dos céus, os quais desertaram o
alto céu e seu santo e eterno estado, os quais foram contaminados com
mulheres.
6E fizeram como os filhos dos homens
fazem, tomando para si esposas, e os quais têm sido grandemente
corrompidos na terra;
7Que na terra eles nunca obterão paz e
remissão de pecados. Pois eles não se regozijarão em sua descendência; eles
verão a matança dos seus bem-amados; lamantarão a destruição dos seus filhos e
farão petição para sempre; mas não obterão misericórdia e paz.
Capítulo 13
1Então Enoque, passando ali, disse a
Azazyel: Tu não obterás paz. Uma grande sentença há contra ti. Ele te amarrará;
2Socorro, misericórdia e súplica não
estarão contigo por causa da opressão que tens ensinado;
3E por causa de todo ato de blasfêmia,
tirania e pecado que tens descoberto aos filhos dos homens.
4Então partindo dele, falei a
eles todos juntos;
5E eles todos ficaram apavorados, e
tremeram;
6Abençoando-me por escrever por eles um
memorial de súplica, para que eles pudessem obter perdão; e que eu fizesse um
memorial de suas orações ascendendo diante do Deus do céu; porque eles, por si
mesmos, desde então não podiam dirigir-se a Ele, nem levantar seus olhos aos
céus por causa da infame ofensa com a qual eles foram julgados.
7Então eu escrevi um memorial de suas
orações e súplicas, por seus espíritos, por tudo o que eles haviam feito, e
pelo assunto de sua solicitação, para que eles obtivessem remissão e descanço.
8Procedendo nisso, eu continuei sobre as
águas de Danbadan, (16) as quais estão da direita para o oeste de Armon, lendo
o memorial de suas orações, até que caí adormecido.
(16) Danbadan. Dan in Dan (Knibb, p. 94).
9E eis que um sonho veio a mim, e visões
apareceram acima de mim. E caí e vi uma visão de castigos, para que eu pudesse
ralatá-la aos filhos dos céus, e reprová-los. Quando eu acordei fui até eles.
Todos estavam reunidos chorando em Oubelseyael, que está situada entre o Libano
e Seneser, (17)
com suas faces escondidas.
(17) Libanos e Seneser. Líbano e
Senir (próximo a Damasco).
10E relatei em sua presença todas as visões
que eu havia visto, e meu sonho;
11E comecei a pronunciar estas palavras
de retidão, reprovando as Sentinelas do céu.
Capítulo 14
1Este é o livro das palavras de retidão,
e de reprovação das Sentinelas, os quais pertencem ao mundo, (18) de
acordo com o que Ele, que é santo e grande, ordenou na visão. Eu percebi em meu
sonho que eu estava então falando com a língua da carne, e com meu fôlego, que
o Poderoso colocou na bôca dos homens, para que eles pudessem conversar com
Ele.
(18) Os quais pertencem ao mundo. Ou,
"os quais (são) da eternidade" (Knibb, p. 95).
2Eu entendí com o coração. Assim como
Ele havia criado e dado aos homens o poder de compreender a palavra de
entendimento, assim criou, e deu a mim o poder de reprovar os
Sentinelas, a geração dos céus. E escrevi sua petição; e na minha visão foi-me
mostrado que seu pedido não lhes será atendido enquanto o mundo perdurar.
3Julgamento passou sobre vós: vosso
pedido não vos será atendido.
4De agora em diante, nunca ascendereis
ao céu; Ele o disse que na terra Ele vos amarrará, tanto tempo quanto o mundo
existir.
5Mas antes destas coisas tu verás a
destruição dos vossos bem-amados filhos; não os possuireis, mas eles cairão
diante de vós pela espada.
6Nem pedireis por eles, nem por vós
mesmos;
7Mas chorareis e suplicareis em
silêncio. As palavras do livro que eu escrevi.(19)
(19) Mas chorareis… Eu escrevi. Ou,
"Assim também, a despeito de vossas lágrimas e orações, não recebereis
nada, de tudo o que está contido nos registros que eu tenho escrito"
(Charles, p. 80).
8Uma visão então me apareceu.
9Eis que naquela visão, nuvens e névoa
convidaram-me; estrelas agitadas e brilho de relâmpagos impeliram-me e
pressionaram-me
adiante, enquanto
ventos na visão assistiram meu vôo, acelerando meu progresso.
10Eles elevaram-me no alto ao céu. Eu
prossegui, até que cheguei próximo dum muro construido com pedras de cristal.
Uma chama de fogo vibrante (20) rodeou-o, a qual começou a golpear-me
com terror.
(20) Chama de fogo vibrante. Literalmente,
"uma língua de fogo”.
11Nesta chama de fogo vibrante eu entrei;
12E aproximei-me de uma espaçosa
habitação, também construida com pedras de cristal. Seus muros também, bem como
o pavimento, eram formados com pedras de cristal, e de cristal também
era o piso. Seu telhado tinha a aparência de estrelas agitadas e brilhos de
relâmpagos; e entre eles haviam queribins de fogo num céu tempestuoso.(21) Uma
chama queimava ao redor dos muros; e seu portal queimava com fogo. Quando eu
entrei nesta habitação, ela era quente como fogo e frio como o gelo. Nenhum traço
de encanto ou de vida havia lá. O terror sobrepujou-me, e um tremor de medo
apoderou-se de mim.
(21) Num céu tempestuoso. Literalmente,
"e seu céu era água" (Charles, p. 81).
13Violentamente agitado e tremento, eu
caí sobre minha face. Na visão eu olhei.
14E ví que lá havia outra habitação mais
espaçosa que a primeira, cada entrada da qual estava aberta diante de
mim, elevada no meio da chama vibrate.
15Tão grandemente superou em todos os
pontos, em glória, em magnificiência, em magnitude, que é impossível
descrever-vos o esplendor ou a extenção dela.
16Seus pisos eram de fogo, acima haviam
relâmpagos e estrelas agitadas, enquamto o telhado exibia um fogo ardente.
17Eu examinei-a atentamente e vi que ela
continha um trono exaltado;
18A aparência do qual era semelhante à da
geada, enquanto que sua circumferência assemelhava-se à órbita do sol
brilhante; e havia a vóz de um querubim.
19Debaixo desse poderoso trono saíam rios
de fogo flamejante.
20Olhar para ele foi impossível.
21Alguém grande em glória assentava-se
sobre ele,
22Cujo manto era mais brilhante que o
sol, e mais branco que a neve.
23Nenhum anjo era capaz de penetrar para olhar
a Sua face, o Glorioso e Efulgente; nem podia algum mortal vê-Lo. Um fogo
flamejante rodeava-O.
24Também um fogo de grande extenção
continuava a elevar-se diante dEle; de modo que nenhum daqueles que estavam ao
redor dEle eram capazes de aproximar-se dEle, entre as miríades de miríades(22) que
estavam diante dEle. Para Ele santa consulta era desnecessária. Contudo, o
Santificado, que estava próximo dEle, não apartou-se dEle nem de noite nem de
dia; nem eram eles tirados de diante dEle. Eu também estava tão adiantado, com
um véu sobre minha face, e trêmulo. Então o Senhor com sua própria boca
chamou-me, dizendo: Aproxima-se aqui acima, Enoque, à minha santa palavra.
(22) Miríades de miríades. Dez
mil vezes dez mil (Knibb, p. 99).
25E Ele ergueu-me, fazendo aproximar-me,
mesmo até à entrada. Meus olhos estavam dirigidos para o chão.
Capítulo 15
1Então dirigindo-se para mim, Ele falou
e disse: Ouve, não se atemorize, justo Enoque, tu escriba da retidão:
aproxima-te para cá, e ouve a minha vóz. Vai, dize às Sentinelas do céu, a quem
te enviei para rogar por eles; tu deves rogar pelos homens, e não os homens por
ti.
2Portanto, deves abandonar o sublime e
santo céu, o qual permanece para sempre; deitastes com mulheres; vos
corrompetes com as filhas dos homens; tomastea para ti esposas; agistes igual
aos filhos da terra, e gerastes uma ímpia descendência.(23)
(23) Uma ímpia descendência. Literalmente,
"gigantes" (Charles, p. 82; Knibb, p. 101).
3 Sois espirituais, santos, e possuidores
de uma vida que é eterna; vos contaminastes com mulheres, procriastes em sangue
carnal; cobiçastes o sangue de homens; e fizestes como aqueles que são carne
e sangue fazem.
4Estes, contudo, morrem e perecem.
5Portanto, de agora em diante Eu dou-vos
esposas, para que possais cohabitar com elas; para que filhos nasçam delas; e
que isto seja negociado sobre a terra.
6Mas desde o princípio fostes feitos
espirituais, possuindo uma vida que é eterna, e não sujeito à morte para
sempre.
7Portanto, eu não fiz esposas para vós, porque,
sendo espirituais, vossa habitação está no céu,
8Agora, os gigantes que têm nascido de
espírito e de carne, serão chamados sobre a terra de maus espíritos, e na terra
estará a sua habitação. Maus espíritos procederão de sua carne, porque eles
foram criados de cima; dos santos Sentinelas foi seu princípio e a sua primeira
fundação. Maus
espíritos eles serão sobre a terra, e de espíritos da maldade eles serão
chamados. A habitação dos espíritos do céu será no céu, mas sobre a terra
estará a habitação dos espíritos terrestriais, os quais são nascidos na terra.(24)
(24) Note as muitas implicações dos
vercículos 3-8 com respeito à progênie dos maus espíritos.
9Os espíritos dos gigantes serão
semelhantes às nuvens, (25) os quais oprimem, corrompem, caem,
contendem e confundem sobre a terra.
(25) A palavra grega para
"nuvem" aqui, nephelas, pode ocultar a mais antiga leitura,
Napheleim (Nephilim).
10Eles causarão lamentação. Nenhuma
comida eles comerão; e terão sede; eles se esconderão e não (26) se
levantarão contra os filhos dos homens, e contra as mulheres; pois eles virão
durante os dias da matança e da destruição.
(26) Não. Quase todos os
manuscritos contêm esta negativa, mas Charles, Knibb, e outros acreditam que o
“não” deve ser deletado para que na frase leia-se "levantarão".
Capítulo 16
1E quanto à morte dos gigantes, onde
quer que seus espíritos se apartem de seus corpos; que sua carne, que é
perecível, esteja sem julgamento.(27) Assim eles perecerão, até o
dia da grande consumação do mundo. Uma destruição das Sentinelas e dos ímpios
acontecerá.
(27) Que sua carne… esteja sem
julgamento. Ou, "sua carne será destruida antes do julgamento"
(Knibb, p. 102).
2E então às Sentinelas, aos quais
enviei-te para rogar por eles, os quais no princípio estavam no céu,
3Dize: No céu tens estado; coisas secretas,
entretanto, não têm sido manifestadas a ti; contudo tens conhecido um
reprovável mistério.
4E isto tens relatado às mulheres na dureza
do vosso coração, e por aquele mistério as mulheres e a humanidade têm
multiplicado males sobre a terra.
5Dize a eles: Nunca, portanto, obtereis
paz.
Capítulo 17
1Eles levantaram-me a um certo lugar,
onde lá havia (28) a aparência de um fogo fervente; e quando eles se
agradaram assumiram a semelhança de homens.
(28) Onde havia. Ou, "onde
eles [os anjos] eram semelhantes" (Knibb, p. 103).
2Eles levaram-me a um alto lugar, a uma
montanha, cujo topo alcançava o céu.
3E eu ví os receptáculos da luz e do
trovão nas extremidades do lugar, onde ele era profundo. Havia um arco de fogo,
e flexas em seu vibrar, uma espada de fogo, e toda espécie de relâmpagos.
4Então eles levaram-me a um arroio
murmurante, (29)
e a um fogo no oeste, o qual recebeu todo pôr-do-sol. Eu vim a um
rio de fogo, o qual fluiu como água, e desaguou no grande mar para o oeste.
(29) A um arroio murmurante. Literalmente,
"à água da vida, a qual fala" (Laurence, p. 23).
5Eu vi todo largo rio, até que cheguei à
grande escuridão. Eu fui para onde toda carne migra; e vi as montanhas da
escuridão as quais constituem o inverno, e o lugar do qual flui a água em cada
abismo.
6 Eu vi também as bocas de todos os rios
no mundo, e as bocas das profundezas.
Capítulo 18
1Eu então examinei os receptáculos de
todos os ventos, percebendo que eles contribuem para adornar toda criação, e para
preservar a fundação da terra.
2Eu examinei a pedra que apoia os
cantos da terra.
3Também vi os quatro ventos, os quais
sustêm a terra, e o firmamento do céu.
4E eu vi os ventos ocupando o céu
exaltado,
5Surgindo no meio do céu e da terra, e
constituindo os pilares do céu.
6Eu vi os ventos que giram no céu, os
quais ocasionam e determinam a órbita do sol e de todas as estrelas; e sobre a
terra eu vi os ventos que mantêm as nuvens.
7Eu vi o caminho dos anjos.
8Percebi na extremidade da terra o
firmamento do céu acima dele. Então passei para a direção do sul,
9Onde queimam, tanto de dia quanto de
noite, seis montanhas formadas de gloriosas pedras, três em direção ao leste, e
três em direção ao sul.
10Aquelas que estão em direção ao leste
eram de pedra multicolorida, uma das quais era de margarite, e outra de
antimônio. Aquelas em direção ao sul eram de uma pedra vermelha. A do meio aproximava-se
do céu como o trono de Deus; um trono composto de alabastro, o topo do
qual era de safira. Vi também um fogo flamejante suspenso sobre todas as
montanhas.
11E lá eu vi um lugar do outro lado de um
extenso território, onde águas foram coletadas.
12Também ví fontes terrestriais,
profundas em colunas ardentes do céu.
13E nas colunas do céu eu ví fogos, os
quais desciam sem número, mas nem no alto, ou no profundo. Sobre estas fontes
também percebi um lugar onde não havia nem o firmamento do céu acima dele, nem
o sólido chão abaixo dele; nem havia água acima; ou nada no vento; mas o lugar
era desolado.
14E lá eu ví sete estrelas, semelhantes a
grandes montanhas, e como espíritos suplicando-me.
15Então o anjo disse: Este lugar, até a consumação
do céu e da terra, será a prisão das estrelas, e das hostes do céu.
16As estrelas que rolam sobre fogo são
aquelas que transgrediram o mandamento de Deus antes que seu tempo chegasse;
pois elas não vieram em sua própria estação. Portanto, Ele ofendeu-se com elas,
e amarrou-as até o período da consumação dos seus crimes no ano secreto.
Capítulo 19
1Então Uriel disse: Eis aqui os anjos
que cohabitaram com mulheres, escolheram seus líderes;
2E sendo numerosos em aparência (30) profanaram
os homens e fizeram com que errassem; assim eles sacrificaram aos demônios como
aos deuses. Pois no grande dia haverá um julgamento, no qual eles serão
julgados, até que sejam consumidos; e suas esposas também serão julgadas, as
quais levaram desencaminhadamente os anjos do céu para que as saudassem.
(30) Sendo numerosos em aparência. Ou,
"assumindo muitas formas" (Knibb, p. 106).
3E eu, Enoque, só vi a aparência do fim
de todas as coisas. Não tendo visto nenhum homem enquando via as coisas.
Capítulo 20
1Estes são os nomes dos anjos
Sentinelas:
2Uriel, um dos santos anjos, o qual preside
sobre o clamor e o terror.
3Rafael, um dos santos anjos, o qual preside
sobre os espíritos dos homens.
4Raguel, um dos santos anjos, o qual
inflige punição ao mundo e às luminárias.
5Miguel, um dos santos anjos, o qual, presidindo
sobre a virtude humana, comanda as ações.
6Sarakiel, um dos santos anjos, o qual preside
sobre os espíritos dos filhos dos homens que transgridem.
7Gabriel, um dos santos anjos, o qual preside
sobre Ikisat, (31) sobre o paraiso e sobre o querubim.
(31) Ikisat. As serpentes (Charles, p. 92;
Knibb, p. 107).
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